Sindicato responde à manobra da Masan: greve nesta 2ª feira está mantida até que tudo seja pago!

Direção da Masan tenta de última hora manobra para esfriar nossa paralisação, anunciando pagamento parcelado do que deve. Mas manter a greve é a melhor forma de garantir nossos direitos de uma vez por todas

O presidente do Sindicato, Elles Carneiro, se dirige aos trabalhadores na assembleia

O presidente do Sindicato, Elles Carneiro, se dirige aos trabalhadores na assembleia

Assustada com a decisão firme e unânime dos trabalhadores, que decretaram greve geral nas escolas do estado e creches e EDI’s do município do Rio a partir da 00h00 (zero hora) desta 2ª feira, dia 22, a direção da Masan Serviços Especializados Ltda. enviou ofício de última hora ao SAAERJ, recebido no dia seguinte à assembleia do dia 18, propondo datas para o pagamento de salários atrasados.

A decisão dos empregados na assembleia, no entanto, foi clara: só retornaremos ao trabalho após o pagamento integral de todos os valores devidos, entre salários, 13º salários e férias. “Os trabalhadores estão cansados de serem enrolados. O risco do negócio é do empresário. Ele recebendo ou não do contratante, tem que pagar corretamente a seus empregados” – explica o presidente do Sindicato, Elles Carneiro.

Em resposta à Masan, o Sindicato enviou ofício informando que o movimento continuará até a quitação integral dos valores devidos aos empregados (veja aqui nosso documento de resposta).

MINISTÉRIO PÚBLICO VAI APURAR

A empresa alega que está recebendo agora valores atrasados de contratantes, como a Prefeitura do Rio. Obvia e legalmente isso não é argumento, pois cabe à Masan cumprir suas obrigações trabalhistas independente do que recebe ou deixa de receber.

O Sindicato, no entanto, está pedindo ao Ministério Público que apure junto à Prefeitura e ao Estado as datas de repasse de valores à Masan. Afinal, caso não seja verdade e a empresa tenha recebido anteriormente o que diz estar recebendo só agora, configurar-se-ia, além de um caso de má administração, um caso de má-fé com os empregados e a sociedade. Vamos fundo nessa questão.