Estudo do DIEESE mostra altíssima inflação dos alimentos nos últimos 12 meses. Salário mínimo pela Constituição deveria ser de R$ 5.351,11

=> Órgão mantido pelos sindicatos divulgou os dados de maio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA)

Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em maio de 2021 o salário mínimo necessário para a sobrevivência digna dos brasileiros deveria ser de R$ 5.351,11, o equivalente a 4,86 vezes o mínimo hoje vigente, de R$ 1.100.

Mensalmente, o órgão mantido pelos sindicatos estima o valor do salário mínimo necessário levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

A pesquisa do DIEESE mostrou também a imensa alta da “inflação dos alimentos”, ou seja, o aumento do custo da alimentação. Comparando esse custo entre maio de 2020 e maio de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. As maiores altas foram observadas em Brasília (33,36%), Campo Grande (26,28%), Porto Alegre (22,82%) e Florianópolis (21,43%).

A cesta básica mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 636,96), seguida pelas de São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que registraram menor custo foram Aracaju (R$ 468,43) e Salvador (R$ 470,14).

Só no período entre abril e maio deste ano, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 14 cidades e diminuiu em outras duas, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Natal (4,91%), Curitiba (4,33%), Salvador (2,75%), Belém e Recife (ambas com 1,97%). As capitais onde o valor da cesta apresentou queda foram Campo Grande (-1,92%) e Aracaju (-0,26%).