Nesses tempos sombrios de “reforma trabalhista”, CCT do Ensino Superior repõe inflação

O INPC – índice que mede a inflação – acumulado anos últimos 12 meses até fevereiro de 2018 foi de 1,81%. Valendo-se da recente reforma trabalhista, aprovada pelo governo Temer no Congresso Nacional no ano passado, o sindicato patronal das instituições de Ensino Superior foi inflexível nas negociações, tentando arrochar os empregados de todas as formas possíveis.

Com o fim da ultratividade (que garantia a continuidade dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT – até a assinatura de nova convenção) todos os nossos direitos poderiam ser simplesmente extintos. Ou seja, a reforma trabalhista acabou com essa garantia e, chegada a data final da CCT, nada do que antes foi conquistado precisava ser pago ou cumprido.
Nesse quadro de intransigência patronal e insegurança jurídica, causada pelas mudanças na CLT, nosso Sindicato manteve uma dura linha de negociação, arrancando dos patrões a renovação da CCT com, pelo menos, a reposição da inflação, cujo índice oficial aponta para 1,81% entre março de 2017 e fevereiro de 2018.
“A renovação da CCT, pelo menos repondo a inflação no salário e no tíquete refeição, deixou o jogo no zero a zero. Não ganhamos o que seria justo, mas também não perdemos tudo. Isso num momento de desemprego e ofensiva do capital contra os trabalhadores já é uma certa conquista. Ou seja, na tempestade temos que levar o barco devagar. Amanhã a maré vai virar e aí vamos à forra. Os patrões não perdem por esperar.” – avaliou o presidente do SAAERJ, Elles Carneiro.